Nesta última segunda-feira (10), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária emitiu uma nota recomendando a suspensão imediata do uso da vacina do fabricante AstraZeneca/Fiocruz contra a COVID-19 em gestantes.
A decisão foi tomada depois do monitoramento dos efeitos adversos da vacina em sua aplicação no Brasil.
Um dos efeitos que preocupa a sua utilização no grupo de gestantes é a possibilidade de riscos tromboembólicos. A trombose se caracteriza pela formação ou desenvolvimento de coágulos sanguíneos que obstruem a parede da veia acometida.
A ligação entre o uso da vacina da AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford e a formação de coágulos sanguíneos já vem sendo investigada por diversas entidades do mundo. Em abril, a Organização Mundial de Saúde (OMS) sinalizou que é uma possibilidade plausível, porém ressalta que a ocorrência de eventos adversos é mais rara e inferior do que o risco apresentado pela COVID-19.
O tema chamou atenção também em sua aplicação no Brasil. Aqui, a vacina AstraZeneca é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O Ministério da Saúde segue avaliando tais efeitos colaterais para dar uma posição definitiva. Enquanto isso, a ANVISA orienta que a indicação da bula da vacina da AstraZeneca seja seguida pelo Programa Nacional de Imunização (PNI).
Quanto ao uso em situações não previstas na bula (off label), é preciso ser feito com a avaliação individual por um profissional de saúde. Ele irá considerar os riscos e benefícios da vacina para a paciente.
Vale lembrar que as vacinas dos demais fabricantes continuam liberadas para o grupo de gestantes e puérperas, que são considerados prioritários na Campanha Nacional de Vacinação Contra a COVID-19. Confira as orientações sobre como acontecem as vacinações aqui! (//www.sbrh.org.br/?p=5337).