Por Aryane Moreira
O Novembro Azul teve origem em 2003, na Austrália, com o intuito de reforçar, e conscientizar a população sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata. Já no Brasil esse movimento chegou em 2008, trazido pelo Instituto Lado a Lado pela Vida em conjunto com a Sociedade Brasileira de Urologia.
O câncer está entre as quatros principais causas de morte prematura (antes dos 70 anos de idade) e é o principal problema de saúde pública no mundo. A incidência e a mortalidade por câncer vêm aumentando, seja pelo envelhecimento, crescimento populacional e prevalência dos fatores de risco de câncer, especialmente aos associados ao desenvolvimento socioeconômico e hábitos de vida.
No Brasil, a estimativa para cada ano do triênio 2020-2022, indica que ocorrerão 625 mil novos casos de câncer. O câncer de pele não melanoma será o mais incidente (177 mil), seguido pelos cânceres de mama e próstata (66 mil cada), cólon e reto (41 mil), pulmão (30 mil)
e estômago (21 mil).
Nos homens, o câncer mais frequente, sem contar o câncer de pele não melanoma, serão próstata (29,2%), cólon e reto (9,1%), pulmão (7,9%), estômago (5,9%) e cavidade oral (5,0%).
Conforme mostra a tabela abaixo, retirada do site INCA.
Os homens tendem a cuidar menos da saúde do que as mulheres, dentre as dificuldades que eles julgam encontrar estão: Jornadas de trabalho que não se encaixam aos dos serviços públicos, indisponibilidade de tempo, medo da exposição do problema e a necessidade de se ausentar do trabalho devido a tratamento médico, podendo resultar em perda do posto de trabalho. Estudos mostram que as crenças masculinas têm um papel muito importante na saúde do homem, pois acredita-se que o homem precisa aguentar a dor, mostrar poder, força e sucesso. E quando busca cuidados ele se torna frágil, sensível e vulnerável, essas atribuições simbólicas, causam muitas vezes aos homens a predisposição a doenças, lesões e mortes.
Os aspectos culturais, como o sexismo masculino, atrapalha a detecção e, portanto, o tratamento da doença. O tabu gerado em relação ao exame de toque, faz com que muitos homens sejam diagnosticados tardiamente, quando a doença já está em estado avançado, o que leva a uma alta taxa de óbito. Se diagnosticado em fase inicial, o câncer de próstata tem grandes chances de cura.
Outra preocupação masculina é com o diagnóstico, pois existe alguns casos que podem gerar disfunção erétil. A impotência sexual pode acontecer após a cirurgia para a retirada da próstata ou no tratamento com hormonioterapia e radioterapia.
Referências bibliográficas
1. Inca (Instituto nacional de Câncer) – Estimativas do Câncer para 2020. Disponível em: www.inca.gov.br
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3. Agência Brasil. Novembro Azul lembra importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata. [internet] Disponível em:
https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2017-11/novembro-azul-lembra-importancia-do-diagnostico-precoce-do-cancer-de-prostata
4. Onco guia – Câncer de próstata “Nunca me senti menos homem por ter disfunção erétil” [internet] 2020 Disponível em: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/cancer-de-prostata-nunca-me-senti-menos-homem-por-ter-disfuncao-eretil/14024/7/
5. Fernandes Alves, Railda, Pimentel Silva, Renata, Vasconcelos Ernesto, Monalisa, Barros Lima, Ana Gabriella, Souza, Fabiana Maria, Gênero e Saúde: o cuidar do homem em debate. Psicologia: Teoria e Prática [Internet]. 2011; 13 (3): 152-166. Disponível em: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=193821358012
6. Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) – Novembro Azul: mês de conscientização sobre a saúde do homem [Internet] 2020 Disponível em: http://www.ans.gov.br/aans/noticias-ans/sobre-a-ans/6016-novembro-azul-mes-de-conscientizacao-sobre-a-saude-do-homem
