Fone: 11 5055-6494  |  11 5055-2438
Whatsapp da Sociedade
Associe-se à
SBRH
Renove sua Anuidade
Área do
Associado

Comitê: Embriologia

Primeira edição do genoma de embriões normais

Share on whatsapp
Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on email

Os cientistas chineses editaram com sucesso o genoma para corrigir mutações em embriões humanos viáveis ​​pela primeira vez.

O estudo utilizou a tecnologia CRISPR que já havia sido utilizada para editar os genes em embriões humanos inviáveis. Contudo, estas tentativas tiveram taxas de sucesso baixíssimas. Acreditava- se que isso fosse devido por se tratarem de embriões aneuploides.

A equipe liderada por Jianqiao Liu no Third Affiliated Hospital da Universidade Médica de Guangzhou, utilizou oócitos excedentes provenientes de procedimentos de fertilização in vitro e os fertilizou com espermatozoides de dois doadores para formar seis embriões. Um dos doadores tem uma mutação chamada β41-42, que causa a beta-talassemia. Enquanto o outro dador tem mutação no gene G6PD, que causa o favismo – um distúrbio no qual a ingestão de alimentos como as favas podem desencadear a destruição das células vermelhas do sangue.

Dois dos embriões resultantes continham mutações no gene G6PD, e quatro embriões tinham a mutação β41-42. Os pesquisadores injetaram a maquinaria CRISPR e permitiu o desenvolvimento embrionário por dois dias. Eles então analisaram o DNA dos embriões para verificar se as mutações haviam sido corrigidas com sucesso.

A mutação no gene G6PD foi reparada com êxito em um embrião.  Enquanto no outro embrião, foi corrigida apenas em algumas células formando, portanto, um embrião mosaico.

A mutação β41-42 foi parcialmente corrigida em apenas um embrião formando também um mosaicismo. Num outro embrião o CRISPR induziu uma outra mutação, enquanto nos outros dois embriões restantes a técnica não funcionou.

Estes resultados são ‘encorajadores’.  Contudo, a taxa de sucesso permanece baixa para tirarmos conclusões fortes.

Há preocupações éticas sobre o uso de tecnologias para edição do genoma. Um recente relatório da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos aconselhou que a edição do genoma deve ser restrita a genes que são conhecidos por causar ou predisporem à doenças graves e só devem ser realizadas na ausência de outras alternativas – por exemplo, quando nenhum dos embriões de um casal portador de uma doença são normais.

A pesquisa foi publicada na revista Molecular Genetics and Genomics.


FONTES E REFERÊNCIAS

CRISPR / cas9 mediada por edição de genes em humanos utilizando zigotos proteína cas9
Molecular Genetics and Genomics| 01 de março de 2017

Primeiros resultados da edição de gene CRISPR de embriões normais divulgados
New Scientist | 09 de março de 2017