25 de julho de 1978 ficou marcado na história da medicina por ser o dia do nascimento de Louise Joy Brown, o primeiro bebê a nascer de uma fertilização in vitro. Após nove anos tentando engravidar, sem sucesso, o casal Leslie e John Brown recorreu a uma equipe de pesquisadores liderada por Patrick Steptoe e Bob Edwards, que haviam criado um método inovador: juntar óvulos com os espermatozoides dentro de um laboratório, transferindo-os posteriormente esses embriões para o útero.
O processo era experimental na época e, por isso, foi feito sob grande sigilo. Antes, a equipe já havia tentado com centenas de embriões, mas sem obter sucesso. Exatamente por isso, o desenvolvimento e posterior nascimento da criança foi um grande “milagre”.
“Frankenbabies”
Mas essa história não teve apenas alegrias, pois o nascimento de Louise gerou algumas controvérsias, como líderes religiosos expressando preocupação com o uso da intervenção artificial, e alguns tendo receio de que
Em sua biografia, My Life As The World’s First Test Tube Baby (“Minha vida como a primeira bebê de proveta do mundo”, em tradução livre) Louise contou sobre como o avanço provocou tanto a adulação como a repulsa do grande público.
Sua família chegou a receber pacotes via correio que incluiam cartas cobertas de um líquido vermelho, um tubo de teste de vidro quebrado e um feto plástico, acompanhado de mensagens ameaçadoras.
Apesar disso, o feito abriu vários caminhos para a medicina. O próprio casal pioneiro se deu tão bem com a técnica que teve uma segunda filha, Natalie, com a ajuda do mesmo método.
E Louise, em dezembro de 2006, deu à luz o seu primeiro filho, concebido por vias naturais. No entanto, a inglesa não foi a pioneira nisso, porque antes dela, em 1999, sua irmã Natalie teve seu primeiro filho por vias naturais, acabando com as dúvidas quanto a reprodução dos bebês gerados por essa técnica. Atualmente, estima-se que 45 milhões de crianças nasceram por meio da fertilização in vitro, que mudou a história de casais inférteis.